Mas vamos voltar ao trecho entre Ubaitaba a Teixeira.A estrada está excelente , sem buracos.Achei mais movimentada em relação a caminhões.Estarão fugindo dos pedágios da BR 116?
Logos após Eunápolis parei para abastecer e fazer um lanche.Optei por água de côco engarrafada, desconfiei que a água estava com um gosto levemente estranho.mandei ver assim mesmo.Iria me arrepender amargamente alguns Kms adiante...
A Tragédia ,que não aconteceu.Que sufoco...
Logo depois de Eunápolis verifiquei que o marcador de temperatura deixou de funcionar.Fiquei preocupado. No posto depois de abastecer verifiquei que havia um fio pendurado na parte dianteira.Imaginei que fosse o fio do sensor da temperatura que faz girar a ventoinha dos radiadores.Tentei conectá-lo mas não consegui. Como contava com estrada livre pastava acelerar que o motor não esquentaria.
Comecei a sentir umas cólica, mal estar e vi que na nossa idade devemos prestar atenção a três regras básicas:
1-Não desperdiçar uma ereção
2-Não confiar no Fiofó
3-Não adiar a ida ao banheiro.
Lembrei-me de que depois do lanche me tive a leve sensação que era hora de ir ao banheiro.Errei.Não fui.
Manter-se sobre uma moto a mais de 120 kms/h ,com cólica intestinal, sem sanitário á vista é uma Tragédia.Na primeira moita que eu vi ,tentei parar, a inclinação não permitia baixar o tripé lateral e se eu caísse na besteira de tentar o central,a desgraça seria eminente.fazer força para colocar uma moto de 400 kgs. , com desarranjo intestinal,seria uma tragédia inevitável,melhor dizendo: uma cagada.
Fui em frente vendo estrelas e desejando uma latrina ou uma moita sem inclinação.Acelerava a mais de 160 para a adrenalina bloquear o instinto evacua tório.Tava difícil.Já imaginava não segurar mais e ter que viajar sentado em merda.Felizmente apareceu a tal moita com acostamento que permitia o tripé lateral.
Era uma encosta que pelo visto um caminhão tinha capotado e feito um acabamento na vegetação.Quase vou de ladeira abaixo,mas não fui.Consegui me agachar e mandei bala,digo; mandei merda.Que alivio! E papel? Porque eu não levei papel?Porra. Sobrou para o lenço.
Chegando em Teixeira fui logo numa oficina de moto onde eu já estivera em outras vezes para consertar o tripé e trocar óleo.Falei com o mecânico sobre o cabo do sensor.Tirando a parte dianteira da carenagem descobrimos onde conectar o tal fio.O resultado foi imediato.Voltamos a ter a ventoinha funcionando.Nesse ínterim do conserto fui duas vezes ao sanitário.mas que droga viajar com diarreia é literalmente uma Merda.
Na casa de Paulo e Ilma, fui logo medicado não por Dr. Paulo,renomado Ortopedista,mas por ,agora, Dra. Ilma.Isso mesmo Ilma deu uma de doutora e me obrigou a tomar Sulfa (Bactrin F) e me fez um filé delicioso com batata cozida e para hidratar um suco de goiaba.Foi um sufoco. Nada de melhorar. A diarreia passou a ser uma companheira desagradável e o Fiofó já estava naquele estado.as hemorroidas que estavam esquecidas há muitos anos, passou a ser lembrada e lamentada a cada novo episódio.
Fiquei preocupado,pois nauseado e desidratado fiquei a imaginar da falta de condições de prosseguir viagem. Providenciei um Kit emergência para evacuações inesperada.Papel higiênico e uma pomada a base de óxido de Zinco,esta, para amenizar a irritação das hemorroidas.
No primeiro sinal de tragédia evacuatória, depois de Linhares parei num posto e mais um telemerda foi passado para os petralhas.
A 60 Kms de Vitória,outro aviso.O primeiro posto me pareceu inconveniente, por estar na pista oposta e pelo aspecto,não parecia uma boa opção.Fui em frente e, felizmente encontrei o posto ideal.O banheiro igual ao de um shopping de luxo.Melhor ainda! Pois tinha chuveiro em cada latrina.Um luxo só.Mandei ver.Já estava pensando em utilizar a grande invenção do meu amigo Paulo Salles: a ducha portátil Paul Robert.
Esse meu grande amigo inventou uma ducha portátil que é fazer um furo na tampa de uma água mineral com gás,sacudir bastante e depois de mirar na região a ser lavada tirar o dedo do orifício, da garrafa d’água .Não deixa de ser uma boa opção para situações de emergência...
Depois dessa parada chequei a Pedra Azul,na pousada Peterle,deliciado pelos 60 kms de curvas sensacionais.Escolhi a suíte com banheira de hidro.Tive certeza que estava curado .O meu corpo dizia e a sede apelava por um cerveja gelada.Mandei ver. Enquanto enchia e esquentava a confortável Jacuzzi, três latas se foram.
Que banho gostoso.Fiquei horas. Jantei na varanda do apartamento,um delicioso filé com fritas. Cansado e feliz tirei aquele merecido sono logo após o Jornal da Globo.Acordei por volta das 03 e resolvi atualizar essa aventura.Vou postar algumas fotos assim que conseguir uma conexão menos lenta da qual as que estou sendo vítima.
Em relação a percurso , esse foi o menor rodamos 445 Kms. La gostosona está nos trinques.Sensacional. E muito econômica ,fazendo em média 16 kms por litro de gasolina aditivada e, sem baixar óleo. Isso graças ao grande mecânico argentino e ao Marcos da Bahia Motos em Feira.
PROGRAMAÇÃO PARA O PRÓXIMO TRECHO.
Depois do café da manhã sigo sem saber aonde vou pernoitar.De Pedra Azul a Belo Horizonte são uns 360 Kms com muitas curvas e asfalto velho.Irei devagar.Vou tentar andar mais de 800 Kms,provavelmente pernoitarei em Santo Antônio do Amparo. Uma pequena cidade, onde eu e Leda, pernoitamos ano passado quando fomos à Argentina para a aventura não toda concluíada para Ushuaia..Estou sonhando com a comida mineira preparada em fogão a lenha.
A visão privilegiada da varanda da suite na Pousada Peterle.
24-09- III PARADA- CAMBUÍ-MG
Acordei tão disposto que dispensei o café colonial da Pousada Peterle e 10 para as 7 mande3i bronca.A temperatura de 13 graus e o dia que prometia ser de sol deu uma sensação mais gostosa ainda de pilotar. A estrada até a divisa com Minas está muito boa a partir de MG precisa ser recapeada.Muitas ondulações e o acostamento não está legal.Noto que as Brs de MG deixam muito a desejar.
Justiça seja feita o chefão do Mensalão,o Lulla, bem que melhorou as nossas estradas.O DENIT está de parabéns,tirando a roubalheira,que não foi pouca ...
O primeiro abastecimento foi a poucos Kms de Belo Horizonte. La gostosona está econômica,fez 346 kms com 18.2 litros.No total foram 883 Kms com 44,2 litros. Parece até conversa de pescador,pois fazendo as contas dá uma média de 19,97 Kms/litro.
O Rodo Anel de Belo Horizonte está bom.Como iniciei por volta das 13 hs , não foi difícil pegar a gostosa Fernão Dias.Muito boa e seria excelente se não fossem os pedágios.Brincadeira. Estou a 170 Kms de São Paulo e já paguei 5 pedágios. O sexto será logo após o jantar.Estou a menos de 500 metros dele.
A minha bronca sobre os pedágios é que são muitos, além disso o porre do ritual a cada parada: colocar em ponto morto, por o tripé lateral, tirar a luva direita, abrir o bolso,pegar o dinheiro,receber o troco e o recibo,fechar o bolso,colocar a luva,levantar o tripé e até o próximo pedágio.São 8 no total.Na próxima viagem vou pegar as moedas,custa 0,65 centavos de real,e colar com fita adesiva para ser mais rápido.
Mas, a bronca principal é que o IPVA não é barato e nós pagamos imposto sobre conservação de estradas a cada litro de gasolina, álcool ou óleo diesel consumidos...Também estas estradas plagiadas não são essa Coca-Cola toda.Haja amortecedor e pivô centra para tanta ondulação ,sem falar nos acostamentos.
BENDITA SORTE.
Se eu insistisse,como estava pensando, poderia chegar em Campinas por volta das 19 hs. Vontade eu tinha, a estrada sem contramão e tráfico relativo. Mas a razão bateu mais forte.Ainda bem, viva o juízo...ao abastecer em Cambuí,notei o pneu traze iro um pouco baixo.Calibrei e só tinha 9 libras! Não foi furo e sim o pito.Provavelmente por super aquecimento. Como já eram 17.30 e, caso eu seguisse viagem estaria numa geladérrima furada.
A borracharia era a poucas quadra e deu para chegar lá.Um prestativo borracheiro depois de orientado de como trocar o pneu ,fez todo o serviço em menos de 30 minutos e me mostrou todos os brancos dentes quando sem perguntar o preço lhe paguei 20,00 pratas.
Daí foi para o Hotel Garfo de Ouro.Ficha preenchida,La Gostosona numa garagem exclusiva,banho tomado,mandei ver num xarope escocês da marca Johnnie Walker.Muito bom para tirar a poeira,o estresse, cansaço e falta de dinheiro.Explico;com umas quatro doses desse xarope você se sente forte,bonito,valente e rico.pelo menos pensar ou achar já é ponto positivo...
Agora fui ver se o Hotel Merecia o nome de Garfo de Ouro. Bota ouro nisso.Excelente.Não comi mais por que nada cabia além de um grão de arroz.Não deu outra.Pesadão era o nome do sono que me levou à cama.Que noite gostosa.matei a saudade e falei com a minha nega mais uma vez.Ela, me ligou assim que eu cheguei na borracharia.
Bem amanhã,também, sem programação de parada.Talvez em Registro ou num posto Tio Jacó a 60 Kms. De Curitiba.Depois ,talvez, em Comburiu onde pretendo iniciar o meu terceiro livro sobre Política e Corrupção na saúde. Os dois primeiros estão a venda na Saraiva ou pelo blog www.politicaecorrupcaonasaude.blogspot.com Quem quiser comprar é só acessar esse blog e lá consta o valor e como efetuar o pagamento.
Vou sair sem pressa, desta vez tomarei o café da manhã e seja o que Deus quiser. O efeito do Motociclovirulentus está cada vez mais forte e, como sabemos o melhor remédio é rodar sobre o tapete negro.
Em tempo:como nos casos de reinfestação pelo Motociclovirulentus ,o portador desse virulento vírus quer acordar cedo e pegar a estrada.Por isso acordei às 03.30 e ao abrir meus e-mails tive a triste notícia que los hermanos argentinos,Estreban e Andrea Bertozzi ,por motivos excepcionais não poderão vir à Florianópolis.Esteban,sempre folgado,graças a Deus, não tem impossibilidade de tirar uns dias de folga,ele, sempre está de folga.Mas, Andrea trabalha muito, fazendo diplomas universitários,razão pela qual está com tendinite.Vão fazer muita falta.Mas, em breve estaremos confraternizando no V Encontro Internacional Del Caballeros Delirantes Del Asfalto.
Este grupo de portadores do já citado vírus é considerado o mais importante grupo Brasil-Argentina. Pelo menos na lógica dos seus fundadores e únicos sócios.Eu, Leda, Esteban e Andréa.
O SALVADOR DA PÁTRIA EM AÇÃO
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